A paixão pelas abelhas sem ferrão (ASF)
Desde de menino tenho acompanhado as abelhas nativas sem ferrão, após o falecimento do meu pai passei um tempo na casa do meu padrinho na cidade da Lapa/PR, onde tive a oportunidade com 10 anos de idade conhecer as ASF, quando íamos para a roça encontrávamos nos mourões das cercas de arame.
Abelhas com saídas que nos faziam abrir os olhos de alegria, pitos alongados cobertos por pequenas abelhas aí fiquei conhecendo na época a Jataí que na região era chamada de “alemãozinho”.
Assim começou a grande paixão, os anos foram passando e encontramos outras abelhas e mais outras e por orientação de meu primo Edgar (in memoriam) que poderiam ser colocadas em pequenas caixas que eram feitas “meio” que de improviso.
Tive outras paixões, o Aquarismo, onde eu elaborava belos aquários, isso em meados de 1981 quando fui convidado para ser colunista e escrever sobre peixes ornamentais no Jornal o Estado do Paraná. A criação de canários também foi outro hobby, em meados de 2004 fui convidado a ser presidente da SPCO - Sociedade Paranaense de Canaricultura e Ornitologia, mais a paixão pelas abelhas continuava fazendo parte do meu dia a dia.
Comecei a estudar e me especializar nas abelhas sem ferrão e até hoje guardo com muito carinho as primeiras caixas feitas de improviso que ainda estão povoadas por Jatais.
O tempo passou e hoje com 65 anos começamos a pensar em aumentar nossas colmeias, criando então um pequeno meliponário com algumas espécies sempre nos preocupando com a preservação.
E com imensa alegria que temos o Meliponário Nº 01 no Bairro Alto, Meliponário Nº 02 no Bairro São Lourenço, aí tive uma enorme surpresa que meu filho Felipe também começou a se apaixonar pelas abelhas e agora temos o Meliponário Nº 03 na cidade de Cascavel, pensa na satisfação e alegria, pois agora tenho a certeza que meu sonho de infância não vai morrer, ele dará continuidade e passara para as gerações futuras, mantendo assim a preservação das nossas abelhinhas.
Antonio Jorge Mayer